Os textos deste blog não seguem nenhuma motivação ideológica, e não têm compromissos com sentido nem coesão textual.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

terminal:
meus parasitas

é no som em que busco o fim de minhas tormentas infindáveis, imparáveis
tormentas que não deveriam existir, mas que existem, e persistem
com uma persistência que eu não tenho
não tenho para acabar com a dor, dor insignificante
dor chula, dor sem sentido
que não deveria existir.
a dor de sórdidos e miseráveis fracassos
que se utilizam do meu sono como energia para subsistir
apenas para subsistir
como um parasita, eles são mais vivos do que eu.

como podem? tão insignicantes tormentos, mas tão ousados, mais ousados que eu
aproveitar desta energia suada, que eu como, que eu tomo
do sol, o sol. eles não são parasitas de mim, mas do sol
neste lento sugamento, me inquietam ao me tornar quieto,
me torturam ao me tornar apático,
me mantem acordado, pernóstico ao som do silencioso tédio que me toma

tais parasitas ousados e inorganicos, são parte de mim
talvez eu os criei para viver no tédio,
eu os criei, para que sejam minha imagem e semelhança
eu, um parasita no universo, que infelizmente não se adequa
e não se adequando se torna um humano
que não se adequa, que modifica, que constroi, que edifica edificios de concreto
não de paus ou folhas.. aliás, já um dia foi de paus ou folhas, mas foi porque faltavam artificios

meus parasitas são eus em miniatura.