acordo
ainda sonhando.
e quantas vezes sonhei
a mesma vida,
a mesma festa, e cedo acordo chorando?
vês, que acordados
bordamos o sonho
e que dormindo, o
desfazemos.
acordado, o sonho é
uniforme.
real-mente
real-mente
é assim que nós queremos.
mas dormindo, é bom que
ele se desfaça,
e dentre os retalhos
que costuramos,
lembramos das nobres desgraças.
quantas vezes será necessário
que sonhemos ainda
acordados?
e que também andemos
sonhando:
honras, glórias e estandarte?
e aquele acordar que era sonho
e aquele acordar que era sonho
logo se torna desgaste.
e assim, desfeito,
vemos o mundo acordar
o que será isto, será sonho?
abaixo a cabeça, e me deixo levar.
pelos ventos do hoje e de amanhã
para onde vão, devo chegar..
abaixo a cabeça, e me deixo levar.
pelos ventos do hoje e de amanhã
para onde vão, devo chegar..
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